O que nos espera

Quando temos o segundo filho a nossa preocupação é tentar que o impacto no mais velho seja o menor, certo? Quando temos o terceiro, em vez de uma preocupação temos três, sim três 🙂 No meu caso, vou ter de gerir o Salvador – que me parece estar perfeitamente consciente da ideia de que vai ter um irmão, até porque já passou por esta experiência há 4 anos atrás -, a Carminho – que já percebe que vem aí o Vicente mas também que vai deixar de ser o centro das atenções – , e os ciúmes do Salvador pela Carminho e vice-versa, os dois não se largam! Ora estão aos beijinhos e abraços, ora a bater um no outro. Pura loucura é às vezes o que me vem à cabeça… fico a pensar como é que vai ser gerir os dois mais os eventuais ciúmes do irmão mais novo.
Ambos estão super entusiasmados e não me largam a barriga, enchem-me de beijinhos e falam com o Vicente, mas nos últimos dias estes momentos têm-se intensificado, e se o Salvador está sempre a pedir para o bebé nascer, a Carminho pergunta quando será, mas transparece um misto de emoções contraditórias.
Nos últimos dias fiquei com ela em casa porque ficou doente no fim de semana. Uma virose com direito a uma ida à urgência no domingo de madrugada, mas já passou… De segunda a quarta foi “filha única” desde que acordou até ao Salvador chegar do colégio ao fim do dia e A-D-O-R-O-U. Brincámos ao faz de conta o mais possível, fizemos desenhos, pintámos e vimos os seus filmes preferidos. Já lhe disse várias vezes que vai ser para sempre a princesa da mamã e do papá e que gostamos muito dela, mas vamos ver a reação dela à chegada do Vicente e os primeiros dias/semanas cá em casa. Voltou a falar à bebé e gosta de fingir que o é, quando abre os presentes do Vicente fica contente e diz “que querido”, mas já me perguntou “porque é que agora só o Vicente é que recebe presentes?”. Respirar fundo, acreditar que tudo vai correr bem e estar presente o mais possível são aquilo que vamos fazer para que esta primeira fase seja tranquila q.b., depois conto como correu.