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O que não comer na gravidez

25/04/2014

No seguimento deste post, em que vos falei do que comer na gravidez, recebi imeeeensas mensagens e pedidos para continuar a falar deste tema – alimentação na gravidez e no pós-parto – por isso o post de hoje é dedicado mais uma vez às mum´s to be.

A gravidez inicia uma série de mudanças na vida de uma
mulher, que passam não só pelas alterações físicas ou visíveis, mas também pela
alteração do estilo de vida. Se para algumas futuras mamãs estas mudanças quase
não se fazem notar, para outras, as alterações são grandes e manifestam-se a
nível alimentar, atividade física, ritmo de trabalho, entre outras.
Ao nível da alimentação os cuidados devem ser redobrados e, antes de sabermos se somos ou não imunes à toxoplasmose, o truque é não
facilitar. Mais do que fazer dietas, no sentido redutor da palavra, o
importante é comermos de forma saudável, variada e equilibrada, com conta, peso
e medida. O mito de que gravidez significa comer pois dois já está em desuso e
as consequências desta forma de pensar são péssimas, traduzindo-se num aumento
de peso indesejado, responsável tantas vezes pela depressão pós-parto e difícil
recuperação da forma física da recém-mãe, já para não falar do maior risco de
desenvolver complicações, como diabetes gestacional e pré-eclampsia.

As restrições alimentares das grávidas fazem-se por três motivos principais:
– Segurança alimentar, diminuindo drasticamente o risco de intoxicações alimentares;
– Risco de contrair toxoplasmose ou outras infecções;
– Risco de desenvolver diabetes gestacional e na sua presença de controlar o desenvolvimento da doença, bem como excesso de peso e obesidade.
Segurança alimentar
Os cuidados aqui passam por evitar alimentos que mais facilmente podem estar contaminados e provocar intoxicações alimentares, que num estado de gravidez podem ter consequências graves não só para a mãe, mas principalmente para o bebé. Assim, é de evitar:
– Carnes cruas ou mal cozinhadas;
– Peixe cru, onde se inclui o sushi/sashimi e tártaro ou carpaccio, os bivalves (como por exemplo amêijoas) e o marisco no geral;
– Ovos fora de casa e cremes à base de ovos, já que convém ter a certeza de que está a comer ovos frescos e que foram acondicionados corretamente, evitando a intoxicação por Salmonella;
– Queijos não pasteurizados e de pasta mole, assim como patês/foie, pelo risco de contrair listeriose, muitas vezes fatal para o bebé;
– Maionese, bechamel e alimentos com natas, em que não há certezas de que sejam frescos e de que foram bem conservados no frio.
Toxoplasmose
A maioria das grávidas não estão imunes à toxoplasmose e por isso a tolerância deve ser zero. Frutas com casca ou que são criadas na terra (como os morangos), assim como as verduras cruas devem ser apenas consumidas em casa e depois de devidamente lavadas/desinfetadas. Para evitar a toxoplasmose devem:
– Recusar saladas e verduras cruas fora de casa, assim como frutas, já que mesmo descascadas podem estar contaminadas porque não foram previamente lavadas;
– Ao comer fruta e verduras cruas devem lavar em água corrente e deixar durante cerca de 5 a 10m em água com vinagre ou Amukina, na diluição recomendada, voltar a lavar e consumir no próprio dia;
– Carnes e aves cruas ou mal cozinhadas;
– Enchidos crus.

Diabetes gestacional e Excesso de peso/Obesidade
Alimentos ricos em açúcares e gorduras não acrescentam nada de positivo à alimentação da grávida e do bebé que está em desenvolvimento. Paralelamente, os açúcares não se encontram apenas em bolos, doces, gelados ou refrigerantes, mas também em bolachas, sumos de fruta – mesmo os naturais -, fruta e laticínios (independentemente de serem magros). Assim, há que evitar e se possível pôr de parte:
– Bolos, doces, gelados, rebuçados;
– Refrigerantes com açúcar e cafeína, sumos açucarados;
– Chocolates;
– Fritos, salgados e outros alimentos ricos em gorduras;
– Enchidos e charcutaria não magra;
– Picantes e molhos;
– Café, bebidas com cafeína ou chá verde/preto;
– Bebidas gasosas e alcoólicas.

Quando gostamos de beber/comer alguns ou muitos destes alimentos pode ser difícil de resistir, se bem que a motivação de termos dentro de nós um bebé a ser criado supera com facilidade essa tentação, certo? A mim o que mais me custa é quando vou almoçar ou jantar fora. Agora já começo a pensar nos fins de semana de praia e das férias de Verão e nos petiscos ou jantares prolongados em que algumas coisas terão de ficar de parte, tais como, amêijoas, queijo de pasta mole, patês, gin tónico ou caipirinha, se bem que há outros substitutos, tais como, salada de polvo, tomate com mozarela ou bruscheta de tomate e oregãos, cerveja sem álcool ou águas com gás e rodelas de limão ou lima.

Créditos e receita aqui.
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1 Comment

  • Reply Anónimo 08/08/2015 at 10:23

    A cerveja sem álcool também tem açúcar!

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