Se do Salvador para a Carminho as diferenças foram poucas, no caso do Vicente têm sido muitas e uma delas tem a ver com as noites! Desde as duas e três semanas desde que nasceram que passaram os três a dormir cerca de 6 horas por noite, e pouco depois disso começaram a fazer a noite toda, adormeciam às nove ou dez da noite e só acordavam às sete da manhã. A minha principal luta em questões de sono foi conseguir que adormecessem sozinhos no seu quarto, principalmente o Salvador que não descansava se não nos tivesse ao lado dele. Já o Vicente nunca gostou de adormecer ao colo, ao contrário dos irmãos, e desde que retirámos as grades da cama passou a poder sair quando lhe apetece. Para além disso, a congestão nasal frequente, as otites, a dentição, etc., fizeram com que desde julho o Vicente acorde uma, duas ou mais vezes durante a noite e apareça no nosso quarto. São raras as noites em que dorme seguido até de manhã.
Se no verão custa menos levantar-mo-nos da cama e irmos consolar o nosso filho para que volte a adormecer, no inverno parece ser mais difícil, porque está frio. Se a isto juntarmos o cansaço acumulado, as noites mal-dormidas, a preocupação constante com qualquer coisa, é inevitável pensar que a solução é trazê-los para a nossa cama, onde rapidamente se sentem confortáveis e aconchegados.
Eu não vejo mal em ter os bebés ou crianças pequenas no quarto dos pais quando as circunstâncias assim o exigem: noites difíceis, bebés que choram sem motivo aparente, crianças que acordam várias vezes durante a noite, na fase dos dentes, etc., se bem que é importante perceber o que é genuíno do que são birras e teimosias.
Apesar do processo de adormecer ter sido muito semelhante entre irmãos, a necessidade de dormir do Salvador é totalmente diferente da Carminho. A Carminho é uma dorminhoca, às vezes vem do colégio tão cansada que adormece no carro e já só acorda no outro dia a seguir, com insistência! O Salvador é o oposto, adia a hora de ir para a cama ao máximo, e mesmo dormindo pouco, acorda sempre cedo e sem grande dificuldade (eu também era assim até ter filhos…). Vamos ver como será o Vicente…
Quanto a comida durante a noite, nunca fui apologista de dar o “biberon da meia-noite” porque me parece despropositado alimentar uma criança que dorme, assim como acorda-los para comer, e os três sempre aceitaram bem esta minha decisão consciente.
Mas (e tinha de haver um mas…), para contrariar tudo e todos, o Vicente tem acordado às quatro, cinco da manhã e vai direito às grades das escadas pedir “leitinho”, não descansa enquanto não bebe o seu biberon, sendo que depois volta a dormir mais duas, três ou quatro horas. Dos três, o Vicente é o que mais nos tem mostrado de que cada filho é um filho, não vale a pena fazer grandes planos, há que acima de tudo saber reagir aos obstáculos e desafios que a vida nos vai trazendo.
Posto isto, ando KO, não fosse uma boa noite de sono fundamental para mim…Para compensar tenho apostado em deitar-me mais cedo, assegurar-me de que ao jantar o Vi come bem, evitar grandes estímulos depois da hora de jantar, e tentar ter uma rotina de sono para que ele consiga relaxar com mais facilidade e adormeça mais tranquilamente.
E convosco, como têm sido as noites?