Falar nas coisas boas da maternidade é bom e é fácil, não só porque sabem bem, mas também porque socialmente é mais bem aceite. Por outro lado, sermos positivas e não assumir as nossas fraquezas torna-nos aos olhos dos outros mais fortes, despachadas e decididas. Quem não tem aquela amiga ou colega que se está seeeempre a queixar-se por tudo e por nada?! e que ideia têm dessas pessoas? pois…
A partir do momento em que somos mães descobrimos rapidamente o lado menos simpático da maternidade, aliás quando estamos grávidas temos automaticamente de privarmo-nos de comer alguns alimentos, de beber um copo, de tomar remédios que rapidamente acabariam com aquela dor de garganta, e por aí fora.
Posto isto, vou dizer-vos quais são para mim, os aspetos menos positivos da maternidade, não para me queixar 🙂 mas para que outras (futuras) mães saibam com o que contar e, mais importante, que não estão sozinhas:
1- Privação de sono ou sono não reparador. Dormir 7 a 8 horas seguidas deixa de ser uma realidade a partir do momento em que o bebé nasce e só quando eles são crescidos, é que as noites começam a ser mais tranquilas. Para as mães que conseguem cedo passar a dormir uma noite inteira sem interrupções forçadas, o sono dificilmente vai ter a mesma qualidade e por isso andamos sempre cansadas e com sono.
2- Perda de liberdade. A partir do momento em que somos mães, passamos a ter uma série de obrigações, e sempre que queremos quebrar a rotina, seja para ir jantar fora, ir dar uma volta, tratar de qualquer coisa que nos obrigue a chegar mais tarde a casa, temos invariavelmente que encontrar uma solução/alguém que fique com as crianças.
3- Deixar de ter tempo para nós. Pode ser para fazer o mais básico, como chegar a casa e não fazer nada, ter uns minutos de silêncio, de poder sentarmo-nos no sofá e estender as pernas, ver uma série na televisão, um filme, responder aqueles emails urgentes, etc.
4- O barulho constante. Com três filhos tenho sempre a casa cheia, por isso, há sempre um deles a chamar “mãe, mãe, mamã”, a implicar uns com os outros, o barulho dos brinquedos, da televisão, e por aí fora.
5- Estar constantemente a dizer NÃO. Não faça isto, não faça aquilo, não sobe para cima da mesa, não se pendura no banco, não salta na cama, não pode ser agora, porque não, não pode comer chocolates, e muitos outros não.
6- Preocuparmo-nos para sempre com os nossos filhos. Porque temos receio que se engasguem durante a noite, porque não comem e não sabemos o porquê, porque estão com febre muito alta ou estão muito em baixo, porque não sabem nadar, porque podem cair, porque não têm noção dos perigos, na primeira visita de estudo (e seguintes), quando vão dormir fora pela primeira vez em casa dos amigos, quando começam a andar sozinhos na rua e têm de atravessar a rua, e a lista continua.
7- Deixar de conseguir comer uma refeição até ao fim sem nos levantarmos ou termos alguém ao nosso colo. É isto, sem tirar nem pôr.
8- Falta de privacidade. Quando estamos na casa de banho ou a vestirmo-nos, por exemplo.
E é isto. Acrescentam alguma coisa à lista?