da moda, da apologia do low carb e da
tendência crescente que envolva a restrição do glúten e da lactose da
alimentação.
tendências, tal como noutras áreas da saúde e não só. Ainda me lembro do azeite
ser péssimo, depois ser ótimo e agora assim-assim; o mesmo para as margarinas
ou cremes vegetais de barrar; os ovos também já foram o “demónio” do colesterol
e agora já se sabe que têm vários benefícios em serem consumidos
regularmente… faz parte e importa acima de tudo ler e conhecer bem os
fundamentos que movem cada corrente.
não sou histérica com dietas nem com comida, mas que (felizmente) tenho uma
apetência natural para pensar de forma saudável, tenho um cérebro pouco
formatado para a “lambuzice”. Adoro chocolate, adoro queijos tipo amanteigado,
se combina-los com uma compota de frutos vermelhos e um copo de vinho tinto
ainda melhor, não preciso de mais nada… Gosto imenso de peito de frango com
farinheira, ou de uma entrada de morcela com compota de maçã, e se me
apresentarem um fantástico risotto ou sushi, podem ter a certeza de que vou
adorar e comer até ao fim! Agora, apesar de adorar, isso não significa que coma
este tipo de alimentos frequentemente… e é aí que está o “segredo”.
e saudável há que comer de tudo um pouco, evitando sem dúvida os alimentos que
nos fazem mal e privilegiando os funcionais: frutas, verduras, proteínas magras,
proteínas vegetais (tais como as leguminosas), sementes, cereais de qualidade e
muita água. Se a base for boa e pontualmente comermos alimentos mais calóricos,
de que gostamos muito, aí será fácil de manter o peso… mas atenção que
pontualmente não significa uma vez por dia 🙂 nem três
vezes por semana. Dependerá sempre de pessoa para pessoa, se somos mulheres ou
homens, novas ou menos jovens, saudáveis ou nem tanto, se fazemos medicação, se
nos mexemos e fazemos exercício físico, se dormimos bem (sim, não dormir
engorda!), se comemos várias vezes por dia, se sofremos de stress e ansiedade
constantes, se temos muitas ou poucas células gordas (os adipócitos), se, se e
se…
(e às vezes não é, mas Deus criou-nos assim…), que a amiga/colega x, y, z
come pessimamente, imensos bolos, bolachas, etc. e é magra até mais não, que
esta semana só comeu isto ou aquilo, que fez tudo bem e não perdeu peso, que
assim não compensa (eu acho que compensa sempre), e outras coisas vindas de
quem fica frustrado de não emagrecer mais depressa. Está claro que o que nós
queríamos mesmo era que o peso baixasse à velocidade da luz, um botão on e off
dava um jeitão, mas a nossa “máquina” não foi programada assim. É por isso que
quando se quer perder peso se deve confiar
esse processo num profissional de nutrição experiente, dietista ou
nutricionista (e não outra coisa qualquer), que estude de forma eficaz o vosso
metabolismo, avalie as vossas necessidades, aquilo que é possível e não é de fazer,
que reforce o essencial, que vos acompanhe semana após semana, que vos “dê na
cabeça e puxe as orelhas” quando necessário e que comemore convosco quando
atingem objetivos. Como costumo dizer “cabe-me a mim este papel castrador, de
dizer não” e olhem que por vezes também custa! Mas é tão bom ver os números da
balança a baixar, de ver as pessoas a melhorar a sua auto-estima, de ficarem
com corpos bonitos, de ver os sorrisos na caras dos pacientes quando mudam de
dígito. Essa é a minha (nossa) recompensa e é isso que me faz adorar a minha
profissão e querer continuar a ajudar cada vez mais pessoas.
acredito, sem dúvida que low carb é a minha “religião”, mas também encontro
várias vantagens na sua conjugação com outras correntes. É por isso que me
identifico e cada vez mais com a nutrição funcional, precisamente porque aquilo
que comemos é o nosso melhor remédio. Por hoje deixo-vos com a máxima de
Hipócrates, de há mais de 2.000 anos atrás e que hoje é uma verdade ainda mais
absoluta:
be thy food.”