Este fim de semana o Vicente ficou em casa dos meus pais porque no sábado de manhã cedo tínhamos combinado ir passar o dia a casa do Tio Paco em Évora, onde as crianças iam poder montar a cavalo, brincar com as vacas (ainda pequenas) e andar à solta, em comunhão com a natureza. Não sei se com os vossos filhos também é assim mas os meus adoram espaço, onde possam correr e brincar, sujarem-se com terra e partir à descoberta. Para além disso, havia na quinta uma ninhada de Labradores lindos, sendo que tanto as crianças como os adultos se renderam aos oito bebés.
Se o Vi tivesse ido connosco eu não poderia ter estado tranquilamente a conversar com as minhas amigas, nem teria conseguido almoçar sem me levantar n vezes, entre outras limitações que fazem parte quando se tem uma criança de 2 anos que não pára quieta. É por isso que, de vez em quando, deixo o Vicente com os meus pais para conseguir descansar, se bem que ando o fim de semana todo com a sensação de que me esqueci de alguma coisa, sabem do que falo?
Confesso que às vezes fico cansada, física e psicologicamente, não só porque não durmo o número de horas suficientes, nem tão pouco de forma seguida, para além de que nos últimos meses tenho cada vez menos tempo só para mim, uma coisa que me faz imensa falta para manter o equilíbrio. Este tempo para mim passa não só pelo blog, mas também por ir fazer as minhas corridas, ir às compras, sentar-me no sofá a ver um filme ou a ler um livro, jantar fora e por aí fora. Em 2016, desde que participei na Corrida do Tejo em setembro, já fui a mais umas quantas, nomeadamente à Corrida das Nações, EDP, São Silvestre, e em breve quero participar pela primeira vez numa Meia Maratona! podia dar-me para pior 🙂 tinha pensado começar pela de Lisboa, mas entretanto soube da de Cascais, no final de fevereiro, de maneira que tenho de começar a treinar para conseguir terminar os 21Km da prova.
Estes dois dias sem o Vicente foram também importantes para o Salvador e para a Carminho, que precisam de tempo só comigo e o P., sem que eu esteja sempre a dizer “cuidado com o Vicente”, “não peguem nele assim”, “não lhe tirem os brinquedos”, e por aí fora. O Vicente desde que nasceu tem sido o centro das atenções e por isso os mais velhos ressentem-se, ora o Salvador, mais tarde a Carminho… de maneira que o mimo extra deste fim de semana veio mesmo a calhar.
Daqui a pouco o Vicente volta para casa – e eu estou cheia de saudades dele, claro! – , para além de que o Salvador e a Carminho voltam das festas de anos dos amigos do colégio, e o caos instala-se, se bem que é um caos saudável e que nos sabe bem: crianças a correr, banhos, jantar, brincadeiras e cama.
3 Comments
A Carminho está cada vez mais bonita!
Ola, percebo perfeitamente essa sensação do "falta-me alguma coisa". Quando deixo a minha filha com os avós é igual. Mas faz mesmo falta porque há coisas que não conseguimos fazer c eles e são necessárias.
Quando comecei a deixar a minha bebé com a avó para eu poder tratar de algumas coisas ou até para poder ir ginásio por ex. também sentia uma sensação de vazio e até de culpa, mas acabei por perceber que é necessário também termos um tempo para nós e para recarregarmos baterias.