Family

Ultrapassar os terríveis 2 anos de idade – Terrible twos

11/01/2017

Mamã, quero pão.

Agora não Vicente.
Quero pão. 
Agora não, vamos comer um iogurte e fruta.
Nãaaaaao, quero pão! 
Vicente, já comeu pão há pouco, agora temos de comer iogurte.
Pãaaaoooooooo!!!
E nisto já está no chão a fazer birra.
Esta é apenas uma pequena amostra de uma pequena grande birra que o Vicente é capaz de fazer só porque é contrariado. Pode ser porque vamos à rua e eu quero vestir-lhe o casaco e ele não quer, ou porque ele tem de lavar os dentes (que detesta), ou porque não quer sair do banho e esperneia. É-vos familiar algo do género?
Os terríveis 2 anos de idade ou os “terrible twos” chegaram lá a casa pouco antes do Vicente fazer 2 anos, tenho ideia depois das férias de verão. Inicialmente parecia que era o seu feito ou temperamento mais “forte”/desafiador face aos irmãos, mas não, era o princípio de uma fase que me parece ter chegado para ficar ainda algum tempo.
Para além destes exemplos o Vi é um perigo, ora vai buscar um banco ou cadeira e põe-se em cima para chegar onde quer, ou trepa às estantes, quer abrir janelas, mexe nas tomadas, salta na cama ou sofá, ou seja, faz tudo o que não é suposto e que pode coloca-lo em perigo. Apesar de ouvir “Vicente não”, “cuidado”, “saia já daí”, “isso é perigoso” n vezes por dia, continua na dele, aliás dia 2 de janeiro partiu a cabeça (nada de grave mas apareceu ao pé de mim com o pijama com sangue nas costas, a chorar copiosamente)!! (tenho 3 filhos e o Vi foi o primeiro a partir a cabeça…). Ri-se dos nossos “nãos”, volta a fazer igual, e repete uma e outra vez, até nos zangarmos mesmo! e continua…

Tenho andado a pesquisar e claramente este tipo de atitudes prende-se com a aquisição da sua autonomia. Na verdade, quando o Vi cerra a boca porque não quer comer a sopa, é ele a tentar escolher o que comer, quando não quer uns sapatos mas sim outros, trata-se da mesmíssima coisa. Mas na realidade, o que mais me preocupa é a sua inconsequência, é o não ter medo de nada (a não ser de campainhas), o colocar-se constantemente em perigo e por isso tem de haver sempre alguém atrás dele! Fora isso, é o só querer a Mãeeeeeee! há momentos em que me dava muito jeito que ele não andasse atrás de mim que nem uma lapa, tipo quando preciso de sair de casa, quando estou a fazer os trabalhos de casa com o Salvador, ou até para ir dormir. Há que ter calma e paciência e saber levar estas coisas, mas confesso que nem sempre é fácil. Esta é uma fase que dura até aos três, quatro anos de idade, mas que espero que melhore rápido, rápido!

Esconder-se e colocar-se dentro do cesto da roupa é uma das atividades favoritas do Vi.

Neste post abordei o tema dos “terrible twos” com algumas dicas de como distinguir uma birra de uma manha 🙂

Convosco como costuma ser?

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10 Comments

  • Reply mãe de rapazes 11/01/2017 at 13:44

    Um dos meu filhos também é assim!
    É muito difícil conseguir gerir tudo isto, sem às vezes perder as estribeiras!
    (aconteceu-me muitas vezes!)Até que decidi que tinha fazer alguma coisa para mudar isto, e decidi que o melhor era ir para a escola e de facto fez-lhe muito bem! Continua com as suas birras e teimosias, mas melhorou!

    • Reply admincortez 22/01/2017 at 16:13

      Não é fácil, há momentos em que eles quase nos levam à loucura 🙂 nomeadamente naqueles momentos em que não dá jeito nenhum, sabe do que falo?!
      O Vicente só vai para a escola na primavera, provavelmente depois da Páscoa para evitar estar doente com tanta frequência. Acredito que melhore seguramente porque as dinâmicas do pré-escolar são ótimas para eles ganharem autonomia, aprenderem regras de socialização, aprender a partilhar, e muitas outras coisas boas.

  • Reply Camila Dias 11/01/2017 at 13:50

    Adorei o post! Imagino o que me espera quando o meu M. tiver essa idade!!

    • Reply admincortez 22/01/2017 at 16:14

      Obrigada Camila 🙂 Pode ser que seja mais tranquilo do que o Vicente, cada criança é diferente e à sua maneira. Felicidades!

  • Reply Mafalda Macara 11/01/2017 at 14:15

    O Vasco é igual! Tem 2 anos, mas está fase começou com um ano e meio. Quando a mana nasceu melhorou um bocadinho! É muito dificil dar-lhe a volta!

    • Reply admincortez 22/01/2017 at 16:16

      Olá Mafalda, o Salvador tinha 21 meses quando nasceu a Carminho e no caso dele não ajudou lá muito. É importante que ele continue a sentir-se especial e que a mana não lhe tire muito protagonismo porque quando isso acontece a tendência é eles portarem-se pior para chamar à atenção, mesmo que seja da pior forma. Beijinho

  • Reply Inês+3 13/01/2017 at 11:50

    Olá Filipa, só posso ajudar com a parte do não ter medo de nada pq, felizmente, aqui não há birras. Qdo o Vasco nasceu a Constança 1 ano e o Tomás 2, ou seja, são todos mto seguidos. A Pediatra e a Educadora explicaram-me que era normal o Vasco arriscar e até mesmo colocar-se em situações de perigo pois, com Mãe, Pai, Mana e Mano, alguém o haveria de salvar, ou seja, era sinal de que ele se sentia protegido e "parte da matilha". O que eu sonhava q ele andasse de capacete… Não vou dizer q melhora com o tempo pq não é verdade, com quase 4 anos continua a ser o mais aventureiro mas, pelo menos, sabemos que é uma dor de cabeça boa! Felicidades!

    • Reply admincortez 22/01/2017 at 16:17

      Olá Inês, obrigada pela partilha. Realmente faz sentido o que diz, e sem dúvida que o Salvador era o mais cauteloso, depois a Carminho já é mais aventureira e o Vicente é um tonto, que não mede o perigo. Felicidades também!

  • Reply Filipa Domingos 16/01/2017 at 12:54

    Filipa o meu mais novo só tem 1 ano, mas já faz essas birras de se atirar para o chão, juro! O mais velho tem 3 anos e a fase dos terrible two até foi pacata! Mas agora com o António… É preciso mil olhos! Também tem muita queda para o perigo! Mexe em tudo, abre tudo, enfim, tudo o que o pode magoar ele está lá em cima!

    • Reply admincortez 22/01/2017 at 16:19

      Olá Filipa, é mesmo! E quando oiço aquelas mães a gabarem-se que nunca alteraram nada em casa depois de terem tido filhos, penso que não há dúvidas que não tiveram uns filhos como os nossos, que não param de asneirar a todo e qualquer momento.

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